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Era uma vez no Oeste... |
...sob uma rua deserta no povoado de Triolância os únicos transeuntes são alguns cachorros que brigam por restos de comida e se perdem entre os casebres. As portas e janelas das poucas casas e lojas de comércios estão serradas,silhuetas podem ser vistas no seu interior. |
Àquela hora do dia o sol está a pino, um vento norte assovia parecendo murmurar levantando redemoinhos de folhas,galhos e nuvem de poeira, assustando alguns cavalos que estão amarrados na porta do saloon "Red Star". |
De repente o silencio é interrompido por um som característico de passos, fortes, marcados pelo estalo das esporas que reflete o sol. Ao mesmo tempo no lado oposto ouve-se o som do rangido da porta vai-e-vem do soloom onde estava amarrado os cavalos, dando passagem para uma figura que pisa firme na rua cheia de poeira, sujando sua bota negra reluzente; deixando para trás o som da portinhola que teima em não cessar. |
Como que por encanto, parece ser a senha para que as silhuetas antes imperceptíveis mostrem seus rostos na janela. |
O barulho das esporas que risca o chão, lembra os acordes de uma marcha funebre, os passos vão se intensificando, |
cada vez mais rápidos, até cessar bruscamente. Do alto da sacada do saloon uma linda prostituta com sua piteira entre os dedos observa os dois homens frente a frente, imóveiis, parecendo ser a única a não temer o que está por vir. |
Alguns segundos se passam devagar, cinco, seis, oito, até o relógio da igreja parece que parou no tempo mudando lentamente o ponteiro, dezenove, vinte, vinte e dois, vinte e cinco, de repente, ouve-se dois estalos quase que simultâneos e logo em seguida o barulho de um corpo cai no chão espalhando poeira e sangue. |
Timidamente algumas portas e janelas vão se abrindo, pessoas assustadas aparecem murmurando e ganham a rua, vagarosamente vão se aglomerando ao redor do corpo caído, enquanto uns observam-o, outros olham o cavaleiro que deixa o povoado num trote rápido até ficar invisível pela nuvem de poeira. |
Para muitos homens no Velho Oeste o dia de amanhã é incerto e, se pretender que alguém um dia conte a sua história têm que ser, o Rei do Gatilho! |